COMENTAR COM AS CRIANÇAS OS DEFEITOS DE QUEM A EDUCA AFETA A SUA FORMAÇÃO
Ana Maria Louzada[1]
Muitas
vezes fazemos comentários destacando os erros de quem está educando as crianças
em sua presença. Outras vezes falamos para a própria criança sobre tais erros.
Essas são atitudes que enfraquecem a autoridade de quem educa e de quem está
fazendo os comentários.
Seja
sobre pais separados ou com conflitos em casa, seja sobre educadores escolares
ou sociais, a regra é a mesma. Evitar fazer das crianças um muro de lamentações
é fundamental para a eficácia da sua educação cotidiana.
Geralmente
a necessidade de ressaltar os pontos fracos do(a) parceiro(a), bem como das
demais pessoas que tem a função de orientar as crianças no dia a dia, está relacionada com a necessidade de se obter a
cumplicidade da criança, isto é, atrair a atenção da criança para si.
O efeito
dessa prática é desastroso. Constitui uma severa tortura para a criança que
fica entre quem fala e quem está sendo alvejado. A criança também aprende a ser
dissimulada. Essa é
uma ação que estrangula o sentimento de proteção pela criança, deixando-a
insegura.
Isso não
significa mascarar as relações cotidianas, uma vez que as crianças percebem a
quantas anda as relações entre as pessoas que fazem parte da sua educação, isto
é, da relação entre os pais, entre a família e a escola, etc.
A questão é o modo como
evidenciamos os erros de quem educa na intenção de obter créditos com as
crianças.
O sentimento de respeito e tolerância entre os envolvidos tem implicações significativas na formação emocional, social e intelectual das crianças.
[1] Ana
Maria Louzada é Mestre em Educação, Orientadora Educacional, Escritora e
Consultora em Educação.
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